quarta-feira, 11 de julho de 2012
quarta-feira, 4 de julho de 2012
VIDA DE ORAÇÃO E COMUNIDADE FASCINAN JOVENS DE HOJE
Comunicado de imprensa da cúria geral agostiniana
"A comunidade é o nosso coração, e a vida comunitária é necessária para nós, para o nosso ministério. A comunidade é o lugar onde conseguimos energia, onde rezamos juntos, onde compartilhamos a nossa vida. É a partir desta experiência que começamos a ser verdadeiros servos de Deus. Por isso, a comunidade está no centro. Santo Agostinho pediu na sua regra, antes de todas as outras coisas, que nós vivêssemos juntos em um só coração e em uma só alma, andando em direção a Deus".
"Queremos que as pessoas vejam que nós, frades agostinianos, trabalhamos, somos homens de serviço, somos irmãos, frades, que vivem no amor, que são felizes e que vivem no amor de Deus".
Este é um dos muitos depoimentos que surgiram no workshop sobre a promoção vocacional dos agostinianos, no Instituto Patrístico Augustinianum. Os 38 frades de 23 circunscrições da ordem começaram a trocar opiniões, a discutir o tema da vocação, a compartilhar alegrias, fracassos, vitórias e esperanças nesta delicada área pastoral.
"Queremos que as pessoas percebam que nós somos homens, que somos felizes com o nosso serviço, que somos pessoas realizadas, alegres, celibatários que vivem em castidade e em fidelidade, pessoas que seguem a Cristo. Queremos que as pessoas percebam que hoje é possível viver em castidade, e que os nossos bens são colocados em comum", afirmou um dos frades agostinianos do Panamá.
Um dos relatores do encontro é o padre Joseph Farrell, OSA, da província agostiniana de São Tomás de Villanova, nos Estados Unidos. Farrell ressalta a figura do promotor vocacional e o significado do workshop internacional. "O objetivo mais importante deste encontro é compartilhar as nossas experiências, para conseguirmos também ser capazes de renovação. Às vezes, trabalhar com as vocações é árduo, porque esses promotores têm que ser as pessoas que abrem a porta, que têm a tarefa de olhar, de acolher e de abrir", explica o padre Farrell, em referência à passagem dos Atos dos Apóstolos 3, 1-10, escolhida como tema de reflexão comum.
"Às vezes, não sabemos quem é a pessoa do outro lado da porta, mas temos que ser felizes, abertos, e também sábios para acompanhar essas pessoas que querem esclarecer mais o significado da própria vida e responder ao chamado que elas sentem no coração", prossegue o padre.
E aqueles que batem à porta da ordem são adultos cada vez mais jovens, com questionamentos cada vez mais complexos. "São pessoas em busca de Deus, em busca da vontade de Deus para a vida delas. Ser promotor vocacional é um trabalho especial, cheio de responsabilidade, porque você está lidando com a vida de uma pessoa".
Nos diálogos entre os frades, surgiu uma atenção muito importante à vida de comunidade, como elemento de beleza, de atração e de definição da ordem agostiniana.
As mídias sociais são hoje novas praças onde dialogar: "Podemos começar o diálogo vocacional até numa reunião virtual, mas não podemos parar ali, temos que ter um encontro real, porque nesse encontro o que está em jogo é a nossa vida. Não é uma vida virtual, é real. Os jovens usam as mídias sociais para se comunicar e compartilhar, mas algo está faltando... Eu acho que devemos usar estes meios, mas não podemos parar por aí. No carisma agostiniano existem dois destaques. O primeiro é a nossa vida de oração. Geralmente, rezamos duas vezes por dia em comunidade, e, para as pessoas de hoje, esses momentos são especiais para conversar com Deus. Também é necessário sentar à mesma mesa para compartilhar, para comer juntos. Nós vivemos um tempo que exalta a individualidade, mas, quando partilhamos a nossa vida, há algo de especial nisso. Eu acredito que a juventude está tentando conseguir isto", conclui o padre Farrell.
(Tradução:ZENIT)
AGOSTINIANOS ELEGEM NOVO PROVINCIAL NA ITÁLIA
O Capítulo da Província Agostiniana aconteceu na cidade de Cascia, sob a presidência do padre Robert F. Prevost, prior geral da Ordem de Santo Agostinho.
O padre Luciano De Michieli, 53, milanês, fez a profissão solene como agostiniano em 1989 e foi ordenado sacerdote em 1994. Antes de ser eleito prior provincial, foi conselheiro geral da ordem.
Durante o capítulo agostiniano, foi feita a passagem do selo da província, entregue pelo prior antecessor, padre Gianfranco Casagrande, às mãos do padre Luciano. O capítulo da província da Itália envolveu 35 frades agostinianos, entre membros de direito e membros delegados.
Os frades agostinianos na Itália são 161, além de outros vinte que operam sob a jurisdição direta do padre prior geral. A província existe formalmente desde 1995, quando foram agrupadas as sete províncias antes existentes no território italiano.
"Viemos de uma união de sete províncias com sete tradições muito grandes: não devemos esquecer que temos oito séculos de história e que a ordem nasceu na Itália. As raízes são bem profundas", afirmou o novo prior.
"A União das sete províncias, como acontece também na construção da Europa, significou que tivemos que unir muitas tradições para prestar o nosso serviço. A união não aconteceu apenas por causa da diminuição dos frades. Ela é um movimento que nós estamos fazendo em toda a ordem, sabendo que temos que colaborar mais uns com os outros para servir melhor a Igreja e operar no mundo atual".
"Precisamos de mais habilidades, mais mobilidade, mais disponibilidade para ocupar posições conforme a capacidade das pessoas. Isso nos levou a fazer uma única província italiana, mais estruturada e organizada, mais capaz de responder às necessidades locais, com frades do sul e do norte".
Entre as prioridades do seu governo, o padre De Michieli pretende se concentrar em dois aspectos: "Primeiro, a formação em todos os níveis, para acolher os jovens com a melhor equipe que podemos ter. Temos que ser mais capazes de ajudar e de formar, com casas espalhadas por todo o território, comunidades numerosas, com diversas atividades e um estilo de oração sóbria, mas muito viva".
Palermo, Tolentino e Pavia serão os lugares de formação em torno dos quais as outras comunidades vizinhas poderão "trabalhar, ter um ponto de referência e encontrar ajuda frutífera", a fim de "superar regionalismos, ter uma formação em comum, compartilhada, em que se reconheçam as várias almas da província".
O segundo objetivo é a economia: "O nosso carisma é ser um só coração e uma só alma, mas também ter tudo em comum, de acordo com o espírito dos Atos dos Apóstolos. Colocando as coisas em comum, nós plantamos o alicerce para chegar ao mais importante, que é a união dos corações. Neste sentido, temos que caminhar rumo a uma centralização da economia".
O objetivo é criar uma "economia compartilhada", para que não haja "conventos mais ricos ou mais pobres dependendo da área onde eles se localizam". Este modelo "seria um passo importante para propor ao mundo um modelo de economia mais justa e saudável".
"Nós temos na identidade do nosso espírito uma teologia de comunhão, que nos ajuda a compartilhar tudo. Temos todos esses desafios a superar, incluindo o de uma economia mais equitativa", diz o padre De Michieli.
ZENIT.org
segunda-feira, 11 de junho de 2012
1º EVAN - 2012
Nos dias 07 a 10 de junho de 2012, aconteceu na Chácara Tagaste o nosso 1º EVAN (Encontro Vocacional Agostiniano Nacional). Foram desenvolvidos os seguintes temas: "Vocação na Bíblia" com Frei Rodrigo de Almeida; "Vocação de Agostinho" com Frei Mauricio Manosso; "História da Ordem" com Frei Cristiano; "A Resposta de Agostinho ao Chamado" com Frei Wilson; Conselhos Evangélicos na Espiritualidade Agostiniana" com Frei Pelayo Moreno. com o objetivo de aproximar os vocacionados à realidade Agostiniana dentro da Federação, Frei William apresentou os nossos Colégios, Paróquias, Casas de Formação e Obras Sociais. Os vocacionados responderam também à "Anámnese Vocacional". A Comissão Vocacional, formada pelo promotor vocacional nacional, dois promotores regionais e dois representantes das casas de formação, estiveram presente colaborando na realização do encontro. Contamos também com a presença de representantes das EPVAs das casas de formação de São Paulo e a EPVA da Paróquia São Carlos Borromeu e Paróquia Nossa Senhora de Fátima. Deus os abençoe a todos, para continuarem exercendo esse bonito e necessário trabalho.
Frei Sérgio Dias, OSA.
quarta-feira, 30 de maio de 2012
terça-feira, 15 de maio de 2012
CONVIVÊNCIA VOCACIONAL - NORDESTE
Aconteceu neste sábado 12 de maio uma Convivência Vocacional Agostiniana na Cidade de Carpina - PE. Contou com 7 jovens que tem o desejo de, juntamente com a Ordem de Santo Agostinho, discernir sua vocação. Frei Sérgio Dias, Promotor Vocacional da Federação, orientou essa Convivência.
Frei Sérgio Dias, OSA.
quarta-feira, 25 de abril de 2012
RETIRO DA FEDERAÇÃO 2012
Teve inicio nesta segunda feira dia 23 de abril, o retiro da Federação agostiniana, com o seguinte tema: "Vida e Missão para os Agostinianos no Brasil de cara à formação da Província Brasileira". Na tarde deste mesmo dia, Frei Rafael de la Torre, pregador deste retiro, introduziu o tema com base no Projeto de Vida e Missão dos agostinianos na Espanha, para o novo milênio: Dom e Tarefa. Seguido de uma breve reflexão do texto de Neemias 1, chamou - nos a atenção para estarmos cada vez mais abertos a descobrir a vontade de Deus e a necessidade da Igreja para sermos Agostinianos no mundo de hoje, pensando na futura Província Brasileira.
Frei Wilson Soler e Frei Sérgio Dias
domingo, 22 de abril de 2012
O
nosso quarto EVAR (Encontro Vocacional Agostiniano Regional) aconteceu neste
final de semana, 21 e 22 de abril. Frei Rodrigo, colaborou com o Tema: "Vocação Humana, eu sou pessoa", já
no sábado de manha; Frei Wilson, na parte da tarde, trabalhou "As Minhas qualidades para que" e
o Frei Cristiano, no domingo pela manha, "O Religioso Agostiniano". a EPVA (Equipe de Pastoral
Vocacional Agostiniana) da Paróquia São Carlos Borromeu, mais uma vez se fez
presente, colaborando em todo o Encontro. Também a EPVA do
Postulantado II deu o seu apoio sempre bem vindo. Frei Sérgio Dias, Promotor
Vocacional, esteve à frete da Organização e andamento do Encontro. Obrigado à
todos os vocacionados que aceitaram o nosso convite, as EPVAs e os frades que
por aqui passaram.
Frei
Sérgio Dias, OSA.
Promotor
Vocacional
domingo, 15 de abril de 2012
EVAR - CURITIBA
Nos dias 14 e 15 de abril de 2012, em Curitiba - PR, aconteceu o Encontro Vocacional Agostiniano Regional (EVAR). Com a participação de seis jovens e contou com a colaboração da EPVA (Equipe de Pastoral vocacional Agostiniana) local e os membros da EPVA do Postulantado I, Cássio e Fabiano. Frei Maurício, Promotor Vocacional Regional, trabalhou o tema: Vocação Humana, eu sou pessoa; o casal José Ivair e Heloiza, trabalaram o tema: Quem Sou Eu e Frei Sérgio Dias, Promotor Vocacional Nacional, trabalhou o tema: O Religioso Agostiniano.
As fotos ilustram como foi:
domingo, 8 de abril de 2012
MISSÃO EM CAÇAPAVA - SP - SEMANA SANTA
As comunidades de formação de São Paulo e Curitiba viveram momentos ímpares durante os 04 (quatro) dias juntos dos fiéis da Paróquia Menino Jesus, na cidade de Caçapava, região do Vale do Paraíba do Estado de São Paulo a experiência da Semana Santa.
Com a união das 03 (três) casas de formação, tivemos a oportunidade de atender as diversas comunidades da Paróquia com celebrações da Palavra e Missa, visitas, bênçãos, confissões e a promoção vocacional. Junto dos formandos, encontravam-se 05 (cinco) sacerdotes. Sendo Frei Claudio – OSA, mestre dos Professos na cidade de São Paulo, Frei Luiz – OSA, mestre do Postulantado I na cidade de Curitiba e Frei Rodrigo – OSA, mestre do Postulantado II na cidade de São Paulo. Também contribuíram com o trabalho evangelizador Frei Pelayo – OSA, Presidente da Federação Agostiniana do Brasil e Frei Sérgio – OSA, Promotor Vocacional.
Após sermos direcionados as Comunidades, também pudemos viver o dia-a-dia das famílias. Foram momentos de partilha e alegria! À família que nos acolhia oferecera o aconchego de seu lar, dividido conosco suas experiências de fé. Para nós formandos e Freis, os testemunhos dessas pessoas e daquelas que visitávamos eram como alimento revigorante para nossa caminhada.
Contudo, após essas diversas experiências de fé nas Comunidades da Paróquia Menino Jesus em Caçapava; voltamos para a nossa caminhada diária em nossas casas. Mas, ficou para nós a experiência e a mensagem do quanto é importante estarmos com o Povo de Deus. São nesses momentos que a Igreja celestial se faz presente junto da Igreja terrestre e Deus continua seu projeto de Revelação a humanidade.
Elvis Presley
sábado, 31 de março de 2012
EPVA - SÃO CARLOS BORROMEU VISITA POSTULANTADO II
Hoje tivemos no Postulantado II Mãe do Bom Conselho, nosso 1º encontro com a EPVA (Equipe de Pastoral Vocacional Agostiniana). Foi uma manhã de muita alegria e confraternização, onde vivemos juntos momentos de espiritualidade, partilha e uma alegre convivência. Encerramos com um animado almoço.
Agradecemos nossos irmãos da EPVA e desejamos que esse momento fraterno aconteça outras vezes.
Robison Machado
segunda-feira, 26 de março de 2012
EVAR - GOIÂNIA
Em continuidade com o nosso projeto de promoção vocacional no Brasil, aconteceu na cidade de Goiânia o nosso segundo encontro regional deste ano, e cujo tema foi: Vocação Humana.
O evento contou com jovens pertencentes aos grupos pastorais da nossa comunidade paroquial.
Teve início com a celebração eucarística às 11h, presidida pelo Pe. Wilson e concelebrada pelo Pe. Sérgio; sendo que esta celebração já faz parte do calendário paroquial no decorrer do ano com o nome de “Missa da Juventude”. A ela acudiram aproximadamente 200 pessoas.
O tema foi trabalhado no salão de palestras do Colégio Agostiniano Nossa Senhora de Fátima.
Dentro das atividades, Frei Wilson trabalhou a identidade do jovem como pessoa humana dentro do contexto sócio - cultural em que vive. Já Frei Sérgio, desenvolveu o tema: “As minhas qualidades para que?”
Agradecemos a toda a comunidade, e especialmente aos grupos da juventude Rei Davi e Inquietude, pela sua participação no encontro vocacional, e ao Frei Wilson pela organização de dito evento.
A todos, que o Senhor que é Verdade e Vida, os abençoe e continue iluminando os seus corações. Amém.
Promoção Vocacional Agostiniana
sábado, 10 de março de 2012
PRIMEIRO E.V.A.R. 2012
O primeiro encontro vocacional regional aconteceu no dia 10 de março de 2012 na comunidade agostiniana, em São José do Rio Preto – S.P. Contou com a presença de 03 vocacionados. Contou ainda com a presença e colaboração da Comunidade Agostiniana. Frei Rodrigo de Almeida, mestre no Postulantado II, trabalhou o tema “Vocação Humana - eu pessoa” e Frei Sérgio Dias, Promotor Vocacional da Federação, trabalhou o tema “As minhas qualidades para que?”. Agradecemos toda a comunidade religiosa que nos acolheu e proporcionou uma convivência fraterna. Agradecemos igualmente aos vocacionados que aceitaram ao nosso convite. Que o Bom Deus continue abençoando suas vocações, para assim responderem com generosidade a esse chamado.
Frei Sérgio Dias, OSA.
quinta-feira, 8 de março de 2012
CARTA DO PADRE LUCIANO
III Congresso dei Laici Agostiniani
"Essere il Corpo di Cristo
per il mondo di oggi"
Roma, 1 marzo 2012
Cari fratelli e sorelle della Commissione
il Congresso si sta avvicinando velocemente e vi chiedo di fare un ultimo sforzo per raggiungere tutti coloro che ancora sono in dubbio nel partecipare o potrebbero essere interessati.
Per favore comunicatemi le iscrizioni dalle vostre aree di competenza nell'attesa che i rispettivi superiori facciano lo stesso inviando elenco e quote di iscrizione.
Avete visto nella brochure che abbiamo offerto la possibilità di partecipare a soli 300,00 euro per chi conosce altri posti dove pernottare più economicamente, questo per permettere a tutti coloro che lo desiderano di non perdere questa importante opportunità di conoscenza e di confronto.
D’accordo con P.Alejandro abbiamo pensato di alloggiare tutti i membri della commissione, frati e laici, al Collegio S.Monica (salvo un vostro diverso desiderio) pagando tutti noi un contributo di 200,00 euro, frati e laici. Al Collegio non c'è l'aria condizionata ma potremmo stare insieme e incontrarci più facilmente. Se qualcuno però preferisce la sistemazione in albergo lo dovrà comunicare e dovrà pagare la differenza di costo per l'albergo.
Tutti i membri della commissione possono arrivare il giorno 10 luglio. I responsabili di ognuno dei gruppi in cui ci siamo divisi sarebbe bene che arrivassero l'8 luglio. Vi prego di comunicarmi quanto prima le date del vostro arrivo. Non è indispensabile che siate tutti presenti un giorno prima, ma se siamo un buon numero potremo preparare meglio ogni cosa.
Alcuni dei gruppi, come quello della liturgia, stanno lavorando molto bene ed ho ricevuto da loro un gran numero di e-mail ai quali generalmente non ho potuto rispondere.
Prego perciò ai responsabili di mandarmi un elenco della situazione attuale dello stato di preparazione di quanto loro assegnato e le eventuali domande, in modo da poter fare il punto della situazione e rispondere a quanto è rimasto in sospeso.
Infine chi desiderasse dei depliant del congresso basta che mi mandi l'indirizzo postale e il numero di copie dove inviarli. Dio vi benedica per tutto il bene che fate! In comunione...
P.Luciano De Michieli, osa
Responsabile Commissione Internazionale Laici
sexta-feira, 2 de março de 2012
terça-feira, 21 de fevereiro de 2012
quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012
NOVO ARCEBISPO PARA A ARQUIDIOCESE DE CAMPINAS
Dom Airton José dos Santos foi nominado Bispo titular de Felbes e Auxiliar de Santo André em 2001, e recebeu a ordenação episcopal em março de 2002. Em 2004 foi nominado Bispo de Mogi das Cruzes.
Dom Airton estudou Direito Canônico na Pontifícia Universidade Gregoriana em Roma; é Presidente da Comissão Episcopal para os Tribunais Eclesiásticos de segunda instancia e Membro da Comissão Episcopal pela implementação do Acordo Brasil – Santa Sé.
No âmbito regional é Secretario da Conferencia Episcopal do Estado de São Paulo e Presidente da Comissão para a liturgia.
A Arquidiocese de Campinas, para a qual Dom Airton foi nominado Arcebispo Metropolitano, é composta, hoje, por nove Municípios: Campinas, Elias Fausto, Hortolândia, Indaiatuba, Monte Mor, Paulínia, Sumaré, Valinhos e Vinhedo, com uma população aproximada de 1,8 milhões de habitantes.
Em 2008 a Diocese de Campinas comemorou seu centenário de criação e, a Arquidiocese de Campinas seu cinquentenário de elevação.
FONTE: ZENIT.ORG
terça-feira, 14 de fevereiro de 2012
MENSAGEM DO PAPA PARA O DIA MUNDIAL DE ORAÇÃO PELAS VOCAÇÕES 2012
Amados irmãos e irmãs!
O XLIX Dia Mundial de Oração pelas Vocações, que será celebrado no IV domingo de Páscoa – 29 de Abril de 2012 –, convida-nos a refletir sobre o tema «As vocações, dom do amor de Deus».
A fonte de todo o dom perfeito é Deus, e Deus é Amor – Deus caritas est –; «quem permanece no amor permanece em Deus, e Deus nele» (1 Jo 4, 16). A Sagrada Escritura narra a história deste vínculo primordial de Deus com a humanidade, que antecede a própria criação. Ao escrever aos cristãos da cidade de Éfeso, São Paulo eleva um hino de gratidão e louvor ao Pai pela infinita benevolência com que predispõe, ao longo dos séculos, o cumprimento do seu desígnio universal de salvação, que é um desígnio de amor. No Filho Jesus, Ele «escolheu-nos – afirma o Apóstolo – antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis em caridade na sua presença» (Ef 1, 4). Fomos amados por Deus, ainda «antes» de começarmos a existir! Movido exclusivamente pelo seu amor incondicional, «criou-nos do nada» (cf. 2 Mac 7, 28) para nos conduzir à plena comunhão consigo.
À vista da obra realizada por Deus na sua providência, o salmista exclama maravilhado: «Quando contemplo os céus, obra das vossas mãos, a Lua e as estrelas que Vós criastes, que é o homem para Vos lembrardes dele, o filho do homem para com ele Vos preocupardes?» (Sal 8, 4-5). Assim, a verdade profunda da nossa existência está contida neste mistério admirável: cada criatura, e particularmente cada pessoa humana, é fruto de um pensamento e de um ato de amor de Deus, amor imenso, fiel e eterno (cf. Jer 31, 3). É a descoberta deste fato que muda, verdadeira e profundamente, a nossa vida.
Numa conhecida página das Confissões, Santo Agostinho exprime, com grande intensidade, a sua descoberta de Deus, beleza suprema e supremo amor, um Deus que sempre estivera com ele e ao qual, finalmente, abria a mente e o coração para ser transformado: «Tarde Vos amei, ó beleza tão antiga e tão nova, tarde Vos amei! Vós estáveis dentro de mim, mas eu estava fora, e fora de mim Vos procurava; com o meu espírito deformado, precipitava-me sobre as coisas formosas que criastes. Estáveis comigo e eu não estava convosco. Retinha-me longe de Vós aquilo que não existiria, se não existisse em Vós. Chamastes-me, clamastes e rompestes a minha surdez. Brilhastes, resplandecestes e dissipastes a minha cegueira. Exalastes sobre mim o vosso perfume: aspirei-o profundamente, e agora suspiro por Vós. Saboreei-Vos e agora tenho fome e sede de Vós. Tocastes-me e agora desejo ardentemente a vossa paz» (Confissões, X, 27-38). O santo de Hipona procura, através destas imagens, descrever o mistério inefável do encontro com Deus, com o seu amor que transforma a existência inteira.
Trata-se de um amor sem reservas que nos precede, sustenta e chama ao longo do caminho da vida e que tem a sua raiz na gratuidade absoluta de Deus. O meu antecessor, o Beato João Paulo II, afirmava – referindo-se ao ministério sacerdotal – que cada «gesto ministerial, enquanto leva a amar e a servir a Igreja, impele a amadurecer cada vez mais no amor e no serviço a Jesus Cristo Cabeça, Pastor e Esposo da Igreja, um amor que se configura sempre como resposta ao amor prévio, livre e gratuito de Deus em Cristo» (Exort. ap. Pastores dabo vobis, 25). De fato, cada vocação específica nasce da iniciativa de Deus, é dom do amor de Deus! É Ele que realiza o «primeiro passo», e não o faz por uma particular bondade que teria vislumbrado em nós, mas em virtude da presença do seu próprio amor «derramado nos nossos corações pelo Espírito Santo» (Rm 5, 5).
Em todo o tempo, na origem do chamamento divino está a iniciativa do amor infinito de Deus, que se manifesta plenamente em Jesus Cristo. «Com efeito – como escrevi na minha primeira Encíclica, Deus caritas est – existe uma múltipla visibilidade de Deus. Na história de amor que a Bíblia nos narra, Ele vem ao nosso encontro, procura conquistar-nos – até à Última Ceia, até ao Coração trespassado na cruz, até às aparições do Ressuscitado e às grandes obras pelas quais Ele, através da ação dos Apóstolos, guiou o caminho da Igreja nascente. Também na sucessiva história da Igreja, o Senhor não esteve ausente: incessantemente vem ao nosso encontro, através de pessoas nas quais Ele Se revela; através da sua Palavra, nos Sacramentos, especialmente na Eucaristia» (n.º 17).
O amor de Deus permanece para sempre; é fiel a si mesmo, à «promessa que jurou manter por mil gerações» (Sal 105, 8). Por isso é preciso anunciar de novo, especialmente às novas gerações, a beleza persuasiva deste amor divino, que precede e acompanha: este amor é a mola secreta, a causa que não falha, mesmo nas circunstâncias mais difíceis.
Amados irmãos e irmãs, é a este amor que devemos abrir a nossa vida; cada dia, Jesus Cristo chama-nos à perfeição do amor do Pai (cf. Mt 5, 48). Na realidade, a medida alta da vida cristã consiste em amar «como» Deus; trata-se de um amor que, no dom total de si, se manifesta fiel e fecundo. À prioresa do mosteiro de Segóvia, que fizera saber a São João da Cruz a pena que sentia pela dramática situação de suspensão em que ele então se encontrava, este santo responde convidando-a a agir como Deus: «A única coisa que deve pensar é que tudo é predisposto por Deus; e onde não há amor, semeie amor e recolherá amor» (Epistolário, 26).
Neste terreno de um coração em oblação, na abertura ao amor de Deus e como fruto deste amor, nascem e crescem todas as vocações. E é bebendo nesta fonte durante a oração, através duma familiaridade assídua com a Palavra e os Sacramentos, nomeadamente a Eucaristia, que é possível viver o amor ao próximo, em cujo rosto se aprende a vislumbrar o de Cristo Senhor (cf. Mt 25, 31-46). Para exprimir a ligação indivisível entre estes «dois amores» – o amor a Deus e o amor ao próximo – que brotam da mesma fonte divina e para ela se orientam, o Papa São Gregório Magno usa o exemplo da plantinha: «No terreno do nosso coração, [Deus] plantou primeiro a raiz do amor a Ele e depois, como ramagem, desenvolveu-se o amor fraterno» (Moralia in Job, VII, 24, 28: PL 75, 780D).
Estas duas expressões do único amor divino devem ser vividas, com particular vigor e pureza de coração, por aqueles que decidiram empreender um caminho de discernimento vocacional em ordem ao ministério sacerdotal e à vida consagrada; aquelas constituem o seu elemento qualificante. De fato, o amor a Deus, do qual os presbíteros e os religiosos se tornam imagens visíveis – embora sempre imperfeitas –, é a causa da resposta à vocação de especial consagração ao Senhor através da ordenação presbiteral ou da profissão dos conselhos evangélicos. O vigor da resposta de São Pedro ao divino Mestre – «Tu sabes que Te amo» (Jo 21, 15) – é o segredo duma existência doada e vivida em plenitude e, por isso, repleta de profunda alegria.
A outra expressão concreta do amor – o amor ao próximo, sobretudo às pessoas mais necessitadas e atribuladas – é o impulso decisivo que faz do sacerdote e da pessoa consagrada um gerador de comunhão entre as pessoas e um semeador de esperança. A relação dos consagrados, especialmente do sacerdote, com a comunidade cristã é vital e torna-se parte fundamental também do seu horizonte afetivo. A este propósito, o Santo Cura d’Ars gostava de repetir: «O padre não é padre para si mesmo; é-o para vós» [Le curé d’Ars. Sa pensée – Son cœur ( ed. Foi Vivante - 1966), p. 100].
Venerados Irmãos no episcopado, amados presbíteros, diáconos, consagrados e consagradas, catequistas, agentes pastorais e todos vós que estais empenhados no campo da educação das novas gerações, exorto-vos, com viva solicitude, a uma escuta atenta de quantos, no âmbito das comunidades paroquiais, associações e movimentos, sentem manifestar-se os sinais duma vocação para o sacerdócio ou para uma especial consagração. É importante que se criem, na Igreja, as condições favoráveis para poderem desabrochar muitos «sins», respostas generosas ao amoroso chamamento de Deus.
É tarefa da pastoral vocacional oferecer os pontos de orientação para um percurso frutuoso. Elemento central há de ser o amor à Palavra de Deus, cultivando uma familiaridade crescente com a Sagrada Escritura e uma oração pessoal e comunitária devota e constante, para ser capaz de escutar o chamamento divino no meio de tantas vozes que inundam a vida diária. Mas o «centro vital» de todo o caminho vocacional seja, sobretudo, a Eucaristia: é aqui no sacrifício de Cristo, expressão perfeita de amor, que o amor de Deus nos toca; e é aqui que aprendemos incessantemente a viver a «medida alta» do amor de Deus. Palavra, oração e Eucaristia constituem o tesouro precioso para se compreender a beleza duma vida totalmente gasta pelo Reino.
Desejo que as Igrejas locais, nas suas várias componentes, se tornem «lugar» de vigilante discernimento e de verificação vocacional profunda, oferecendo aos jovens e às jovens um acompanhamento espiritual sábio e vigoroso. Deste modo, a própria comunidade cristã torna-se manifestação do amor de Deus, que guarda em si mesma cada vocação. Tal dinâmica, que corresponde às exigências do mandamento novo de Jesus, pode encontrar uma expressiva e singular realização nas famílias cristãs, cujo amor é expressão do amor de Cristo, que Se entregou a Si mesmo pela sua Igreja (cf. Ef 5, 25).
Nas famílias, «comunidades de vida e de amor» (Gaudium et spes, 48), as novas gerações podem fazer uma experiência maravilhosa do amor de oblação. De fato, as famílias são não apenas o lugar privilegiado da formação humana e cristã, mas podem constituir também «o primeiro e o melhor seminário da vocação à vida consagrada pelo Reino de Deus» (Exort. ap. Familiaris consortio, 53), fazendo descobrir, mesmo no âmbito da família, a beleza e a importância do sacerdócio e da vida consagrada. Que os Pastores e todos os fiéis leigos colaborem entre si para que, na Igreja, se multipliquem estas «casas e escolas de comunhão» a exemplo da Sagrada Família de Nazaré, reflexo harmonioso na terra da vida da Santíssima Trindade.
Com estes votos, concedo de todo o coração a Bênção Apostólica a vós, veneráveis Irmãos no episcopado, aos sacerdotes, aos diáconos, aos religiosos, às religiosas e a todos os fiéis leigos, especialmente aos jovens e às jovens que, de coração dócil, se põem à escuta da voz de Deus, prontos a acolhê-la com uma adesão generosa e fiel.
Vaticano, 18 de Outubro de 2011.
O XLIX Dia Mundial de Oração pelas Vocações, que será celebrado no IV domingo de Páscoa – 29 de Abril de 2012 –, convida-nos a refletir sobre o tema «As vocações, dom do amor de Deus».
A fonte de todo o dom perfeito é Deus, e Deus é Amor – Deus caritas est –; «quem permanece no amor permanece em Deus, e Deus nele» (1 Jo 4, 16). A Sagrada Escritura narra a história deste vínculo primordial de Deus com a humanidade, que antecede a própria criação. Ao escrever aos cristãos da cidade de Éfeso, São Paulo eleva um hino de gratidão e louvor ao Pai pela infinita benevolência com que predispõe, ao longo dos séculos, o cumprimento do seu desígnio universal de salvação, que é um desígnio de amor. No Filho Jesus, Ele «escolheu-nos – afirma o Apóstolo – antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis em caridade na sua presença» (Ef 1, 4). Fomos amados por Deus, ainda «antes» de começarmos a existir! Movido exclusivamente pelo seu amor incondicional, «criou-nos do nada» (cf. 2 Mac 7, 28) para nos conduzir à plena comunhão consigo.
À vista da obra realizada por Deus na sua providência, o salmista exclama maravilhado: «Quando contemplo os céus, obra das vossas mãos, a Lua e as estrelas que Vós criastes, que é o homem para Vos lembrardes dele, o filho do homem para com ele Vos preocupardes?» (Sal 8, 4-5). Assim, a verdade profunda da nossa existência está contida neste mistério admirável: cada criatura, e particularmente cada pessoa humana, é fruto de um pensamento e de um ato de amor de Deus, amor imenso, fiel e eterno (cf. Jer 31, 3). É a descoberta deste fato que muda, verdadeira e profundamente, a nossa vida.
Numa conhecida página das Confissões, Santo Agostinho exprime, com grande intensidade, a sua descoberta de Deus, beleza suprema e supremo amor, um Deus que sempre estivera com ele e ao qual, finalmente, abria a mente e o coração para ser transformado: «Tarde Vos amei, ó beleza tão antiga e tão nova, tarde Vos amei! Vós estáveis dentro de mim, mas eu estava fora, e fora de mim Vos procurava; com o meu espírito deformado, precipitava-me sobre as coisas formosas que criastes. Estáveis comigo e eu não estava convosco. Retinha-me longe de Vós aquilo que não existiria, se não existisse em Vós. Chamastes-me, clamastes e rompestes a minha surdez. Brilhastes, resplandecestes e dissipastes a minha cegueira. Exalastes sobre mim o vosso perfume: aspirei-o profundamente, e agora suspiro por Vós. Saboreei-Vos e agora tenho fome e sede de Vós. Tocastes-me e agora desejo ardentemente a vossa paz» (Confissões, X, 27-38). O santo de Hipona procura, através destas imagens, descrever o mistério inefável do encontro com Deus, com o seu amor que transforma a existência inteira.
Trata-se de um amor sem reservas que nos precede, sustenta e chama ao longo do caminho da vida e que tem a sua raiz na gratuidade absoluta de Deus. O meu antecessor, o Beato João Paulo II, afirmava – referindo-se ao ministério sacerdotal – que cada «gesto ministerial, enquanto leva a amar e a servir a Igreja, impele a amadurecer cada vez mais no amor e no serviço a Jesus Cristo Cabeça, Pastor e Esposo da Igreja, um amor que se configura sempre como resposta ao amor prévio, livre e gratuito de Deus em Cristo» (Exort. ap. Pastores dabo vobis, 25). De fato, cada vocação específica nasce da iniciativa de Deus, é dom do amor de Deus! É Ele que realiza o «primeiro passo», e não o faz por uma particular bondade que teria vislumbrado em nós, mas em virtude da presença do seu próprio amor «derramado nos nossos corações pelo Espírito Santo» (Rm 5, 5).
Em todo o tempo, na origem do chamamento divino está a iniciativa do amor infinito de Deus, que se manifesta plenamente em Jesus Cristo. «Com efeito – como escrevi na minha primeira Encíclica, Deus caritas est – existe uma múltipla visibilidade de Deus. Na história de amor que a Bíblia nos narra, Ele vem ao nosso encontro, procura conquistar-nos – até à Última Ceia, até ao Coração trespassado na cruz, até às aparições do Ressuscitado e às grandes obras pelas quais Ele, através da ação dos Apóstolos, guiou o caminho da Igreja nascente. Também na sucessiva história da Igreja, o Senhor não esteve ausente: incessantemente vem ao nosso encontro, através de pessoas nas quais Ele Se revela; através da sua Palavra, nos Sacramentos, especialmente na Eucaristia» (n.º 17).
O amor de Deus permanece para sempre; é fiel a si mesmo, à «promessa que jurou manter por mil gerações» (Sal 105, 8). Por isso é preciso anunciar de novo, especialmente às novas gerações, a beleza persuasiva deste amor divino, que precede e acompanha: este amor é a mola secreta, a causa que não falha, mesmo nas circunstâncias mais difíceis.
Amados irmãos e irmãs, é a este amor que devemos abrir a nossa vida; cada dia, Jesus Cristo chama-nos à perfeição do amor do Pai (cf. Mt 5, 48). Na realidade, a medida alta da vida cristã consiste em amar «como» Deus; trata-se de um amor que, no dom total de si, se manifesta fiel e fecundo. À prioresa do mosteiro de Segóvia, que fizera saber a São João da Cruz a pena que sentia pela dramática situação de suspensão em que ele então se encontrava, este santo responde convidando-a a agir como Deus: «A única coisa que deve pensar é que tudo é predisposto por Deus; e onde não há amor, semeie amor e recolherá amor» (Epistolário, 26).
Neste terreno de um coração em oblação, na abertura ao amor de Deus e como fruto deste amor, nascem e crescem todas as vocações. E é bebendo nesta fonte durante a oração, através duma familiaridade assídua com a Palavra e os Sacramentos, nomeadamente a Eucaristia, que é possível viver o amor ao próximo, em cujo rosto se aprende a vislumbrar o de Cristo Senhor (cf. Mt 25, 31-46). Para exprimir a ligação indivisível entre estes «dois amores» – o amor a Deus e o amor ao próximo – que brotam da mesma fonte divina e para ela se orientam, o Papa São Gregório Magno usa o exemplo da plantinha: «No terreno do nosso coração, [Deus] plantou primeiro a raiz do amor a Ele e depois, como ramagem, desenvolveu-se o amor fraterno» (Moralia in Job, VII, 24, 28: PL 75, 780D).
Estas duas expressões do único amor divino devem ser vividas, com particular vigor e pureza de coração, por aqueles que decidiram empreender um caminho de discernimento vocacional em ordem ao ministério sacerdotal e à vida consagrada; aquelas constituem o seu elemento qualificante. De fato, o amor a Deus, do qual os presbíteros e os religiosos se tornam imagens visíveis – embora sempre imperfeitas –, é a causa da resposta à vocação de especial consagração ao Senhor através da ordenação presbiteral ou da profissão dos conselhos evangélicos. O vigor da resposta de São Pedro ao divino Mestre – «Tu sabes que Te amo» (Jo 21, 15) – é o segredo duma existência doada e vivida em plenitude e, por isso, repleta de profunda alegria.
A outra expressão concreta do amor – o amor ao próximo, sobretudo às pessoas mais necessitadas e atribuladas – é o impulso decisivo que faz do sacerdote e da pessoa consagrada um gerador de comunhão entre as pessoas e um semeador de esperança. A relação dos consagrados, especialmente do sacerdote, com a comunidade cristã é vital e torna-se parte fundamental também do seu horizonte afetivo. A este propósito, o Santo Cura d’Ars gostava de repetir: «O padre não é padre para si mesmo; é-o para vós» [Le curé d’Ars. Sa pensée – Son cœur ( ed. Foi Vivante - 1966), p. 100].
Venerados Irmãos no episcopado, amados presbíteros, diáconos, consagrados e consagradas, catequistas, agentes pastorais e todos vós que estais empenhados no campo da educação das novas gerações, exorto-vos, com viva solicitude, a uma escuta atenta de quantos, no âmbito das comunidades paroquiais, associações e movimentos, sentem manifestar-se os sinais duma vocação para o sacerdócio ou para uma especial consagração. É importante que se criem, na Igreja, as condições favoráveis para poderem desabrochar muitos «sins», respostas generosas ao amoroso chamamento de Deus.
É tarefa da pastoral vocacional oferecer os pontos de orientação para um percurso frutuoso. Elemento central há de ser o amor à Palavra de Deus, cultivando uma familiaridade crescente com a Sagrada Escritura e uma oração pessoal e comunitária devota e constante, para ser capaz de escutar o chamamento divino no meio de tantas vozes que inundam a vida diária. Mas o «centro vital» de todo o caminho vocacional seja, sobretudo, a Eucaristia: é aqui no sacrifício de Cristo, expressão perfeita de amor, que o amor de Deus nos toca; e é aqui que aprendemos incessantemente a viver a «medida alta» do amor de Deus. Palavra, oração e Eucaristia constituem o tesouro precioso para se compreender a beleza duma vida totalmente gasta pelo Reino.
Desejo que as Igrejas locais, nas suas várias componentes, se tornem «lugar» de vigilante discernimento e de verificação vocacional profunda, oferecendo aos jovens e às jovens um acompanhamento espiritual sábio e vigoroso. Deste modo, a própria comunidade cristã torna-se manifestação do amor de Deus, que guarda em si mesma cada vocação. Tal dinâmica, que corresponde às exigências do mandamento novo de Jesus, pode encontrar uma expressiva e singular realização nas famílias cristãs, cujo amor é expressão do amor de Cristo, que Se entregou a Si mesmo pela sua Igreja (cf. Ef 5, 25).
Nas famílias, «comunidades de vida e de amor» (Gaudium et spes, 48), as novas gerações podem fazer uma experiência maravilhosa do amor de oblação. De fato, as famílias são não apenas o lugar privilegiado da formação humana e cristã, mas podem constituir também «o primeiro e o melhor seminário da vocação à vida consagrada pelo Reino de Deus» (Exort. ap. Familiaris consortio, 53), fazendo descobrir, mesmo no âmbito da família, a beleza e a importância do sacerdócio e da vida consagrada. Que os Pastores e todos os fiéis leigos colaborem entre si para que, na Igreja, se multipliquem estas «casas e escolas de comunhão» a exemplo da Sagrada Família de Nazaré, reflexo harmonioso na terra da vida da Santíssima Trindade.
Com estes votos, concedo de todo o coração a Bênção Apostólica a vós, veneráveis Irmãos no episcopado, aos sacerdotes, aos diáconos, aos religiosos, às religiosas e a todos os fiéis leigos, especialmente aos jovens e às jovens que, de coração dócil, se põem à escuta da voz de Deus, prontos a acolhê-la com uma adesão generosa e fiel.
Vaticano, 18 de Outubro de 2011.
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