O Capítulo da Província Agostiniana aconteceu na cidade de Cascia, sob a presidência do padre Robert F. Prevost, prior geral da Ordem de Santo Agostinho.
O padre Luciano De Michieli, 53, milanês, fez a profissão solene como agostiniano em 1989 e foi ordenado sacerdote em 1994. Antes de ser eleito prior provincial, foi conselheiro geral da ordem.
Durante o capítulo agostiniano, foi feita a passagem do selo da província, entregue pelo prior antecessor, padre Gianfranco Casagrande, às mãos do padre Luciano. O capítulo da província da Itália envolveu 35 frades agostinianos, entre membros de direito e membros delegados.
Os frades agostinianos na Itália são 161, além de outros vinte que operam sob a jurisdição direta do padre prior geral. A província existe formalmente desde 1995, quando foram agrupadas as sete províncias antes existentes no território italiano.
"Viemos de uma união de sete províncias com sete tradições muito grandes: não devemos esquecer que temos oito séculos de história e que a ordem nasceu na Itália. As raízes são bem profundas", afirmou o novo prior.
"A União das sete províncias, como acontece também na construção da Europa, significou que tivemos que unir muitas tradições para prestar o nosso serviço. A união não aconteceu apenas por causa da diminuição dos frades. Ela é um movimento que nós estamos fazendo em toda a ordem, sabendo que temos que colaborar mais uns com os outros para servir melhor a Igreja e operar no mundo atual".
"Precisamos de mais habilidades, mais mobilidade, mais disponibilidade para ocupar posições conforme a capacidade das pessoas. Isso nos levou a fazer uma única província italiana, mais estruturada e organizada, mais capaz de responder às necessidades locais, com frades do sul e do norte".
Entre as prioridades do seu governo, o padre De Michieli pretende se concentrar em dois aspectos: "Primeiro, a formação em todos os níveis, para acolher os jovens com a melhor equipe que podemos ter. Temos que ser mais capazes de ajudar e de formar, com casas espalhadas por todo o território, comunidades numerosas, com diversas atividades e um estilo de oração sóbria, mas muito viva".
Palermo, Tolentino e Pavia serão os lugares de formação em torno dos quais as outras comunidades vizinhas poderão "trabalhar, ter um ponto de referência e encontrar ajuda frutífera", a fim de "superar regionalismos, ter uma formação em comum, compartilhada, em que se reconheçam as várias almas da província".
O segundo objetivo é a economia: "O nosso carisma é ser um só coração e uma só alma, mas também ter tudo em comum, de acordo com o espírito dos Atos dos Apóstolos. Colocando as coisas em comum, nós plantamos o alicerce para chegar ao mais importante, que é a união dos corações. Neste sentido, temos que caminhar rumo a uma centralização da economia".
O objetivo é criar uma "economia compartilhada", para que não haja "conventos mais ricos ou mais pobres dependendo da área onde eles se localizam". Este modelo "seria um passo importante para propor ao mundo um modelo de economia mais justa e saudável".
"Nós temos na identidade do nosso espírito uma teologia de comunhão, que nos ajuda a compartilhar tudo. Temos todos esses desafios a superar, incluindo o de uma economia mais equitativa", diz o padre De Michieli.
ZENIT.org
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